segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Minhas experiências profissionais


Hoje resolvi postar aqui as minhas experiências como profissional, que é bem diversificada, afinal são 30 anos trabalhando. Pois é... comecei cedo na lida. E só agora estou tirando as minhas merecidas "férias".
Meu primeiro emprego foi com treze anos de idade, numa loja de produtos de porcelana, cuidava da limpeza e do café da loja, trabalhava no período da manhã e estudava a tarde.
A partir daí trabalhei como balconista em uma loja de brinquedos e depois em uma loja de roupas. Já em tempo integral. Depois cansada do balcão resolvi aceitar uma oportunidade que veio por parte do meu tio, que me arrumou como auxiliar de escritório na mesma empresa de pescados que ele trabalhava. Querendo crescer saí do escritório e entrei nos ramos de concessionárias de automóveis GM, trabalhei em três delas, sendo que na primeira, fui compradora e nas duas ultimas vendedora, sempre de peças automotivas. Entre a segunda e a terceira concessionária, me arrisquei numa sociedade com o irmão do meu ex-marido e abrimos um auto elétrico. Porém como toda sociedade, foi tudo muito difícil e acabamos desistindo do negócio no período de um ano. Nessa época estava grávida, e dei um tempo para cuidar da minha filhota em tempo integral, até que recebi um telefonema de uma antiga chefe de concessionária me chamando para volta a ativa na área de vendas.
Como as vendas estavam difícieis, mais uma vez resolvi mudar de ramo, e resolvi estudar para entrar no ramo da informática, que estava no auge, nos anos noventa. Estudei, comprei meu primeiro computador, e tive um convite do meu instrutor na época para fazer estágio e me tornar uma instrutora, trabalhei nas escolas mais conhecidas da cidade de São Paulo que foram SOS Computadores, Data Byte, Eurodata e Saint Informática. Como mencionei, iniciei como estagiária, depois instrutora, coordenadora e diretora, Quando trabalhei como diretora tive uma vontade grande de ter a minha própria escola, por isso vim a primeira vez para o Japão. 
Aqui no Japão, meu primeiro emprego foi na Sony de Chiba (Kisarazu), linha de montagem de PSP2 (Playstation 2 Portátil), onde fiquei apenas 2 meses, pois queria me mudar para mais próximo do local onde estavam meus familiares. Já no estado de Saitama, trabalhei com prensa de alumínio, fazendo capas para câmeras fotográficas, também por pouco tempo, depois me mudei para a cidade de Honjo, em Saitama também, e trabalhei em uma fábrica de autopeças, na linha de montagem de máquinas de inclinar bancos,  aos finais de semana fazia "bico" em injetora plástica, fazia inspeção, tirava rebarbas e embalava as peças. Passado um tempo, parei com o "bico" na injetora e montei um site para a escola da empreiteira que trabalhava. 
Depois de dezoito meses retornei ao Brasil, mas como o dinheiro que eu levei não foi o suficiente para a abertura de uma escola, eu montei um quiosque de mangás no Shopping Aricanduva, São Paulo. Trabalhei de domingo à domingo nesse quiosque, que foi um sucesso, porém o aluguel de um Shopping, é muito alto, o que fez com que meu negócio não desse lucros. Antes de me individar, resolvi fechar o negócio e retornar ao Japão.



Retornando ao Japão, voltei a trabalhar na mesma fábrica de máquinas de inclinar bancos e finais de semana na injetora plástica. Nas mesmas fábricas e horários que trabalhava antes de retornar ao Brasil. Os horários dessas fábricas são bastante puxados, no meu caso eu entrava uma semana as 6:40 da manhã e na maioria dos dias só saía de lá 19:05, as vezes esticava até 20:00, eram muitas horas extras. Na outra semana fazia das 14:45 até 4:00.  Sistema de dois turnos. Já cheguei a entrar 6:40 e sair 00:30 muitas vezes. Fiquei nessa fábrica até o final do ano de 2008, quando veio a crise, e todos os brasileiros foram demitidos. 
Antes do término do aviso prévio, trabahei numa fábrica de macarrão, o empreiteiro me enganou dizendo que era um emprego fixo quando na realidade era só para quatro dias.
Fiquei desempregada um tempo, quase desanimando, por que procurava, procurava e nada... Até que um amigo da fábrica me indicou para trabalhar em um asilo. Foi a salvação da lavoura.... Trabalhei nesse asilo por um ano e quatro meses, em ritmo de três turnos. 9:00 às 18:00, 7:00 às 16:30 e 17:30 às 10:00... Trocando fraldas, dando banho, comida, fazendo recreações, colocando na cama, tirando da cama, lavando as roupas e louças, fazendo a limpeza do ambiente, relatórios e até mesmo limpando, vestindo e maquiando corpos já falecidos. Eram mais de cem idosos para cuidar, e no turno da noite éramos apenas em três.


Esse vídeo mostra uma reportagem que a televisão japonesa fez
no dia da minha entrevista no asilo em que traballhei.

Quando as coisas melhoraram, resolvi voltar para as fábricas, porém em Saitama eu não estava conseguindo colocação, foi quando rexolvi me mudar para Aichi, onde estou até hoje. Aqui trabalhei numa fábrica de bancos de carros, na linha de encosto de cabeça e depois em uma fábrica de peças para trens. Fazendo janelas para trens-bala. 



Depois do tsunami houve uma queda na produção da fábrica e todos os estrangeiros foram demitidos. Resolvi aproveitar agora para dar uma descansada, pois eu sei que quando eu retornar, não vai ser mole, não. 

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